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Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) surgiu, no final da década de 90, com o compromisso de lutar, ao lado dos excluídos urbanos, contra a lógica perversa das metrópoles brasileiras: sobram terra e habitações, falta moradia. A especulação imobiliária transforma terra urbana em promessa de lucro e alimenta o processo de degradação humana, o caos urbano. Em que cidade não se encontram apartamentos vazios, prédios abandonados, terrenos na periferia à espera da valorização? Em qual centro urbano não há mendicância, morador de rua, submoradias? As famílias sem-teto não têm direitos, são o avesso da cidadania. Não têm emprego, moradia, alimentação, saúde, lazer, cultura. Vivem como sombras nos semáforos, nas esquinas, nos bancos das praças, atrás de um prato de comida, um trocado. Enfrentam a indiferença, o preconceito, a violência policial. Estão excluídas das decisões políticas que determinam os rumos da vida social.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Grupo sem-teto ocupa entrada da sede do Ministério das Cidades

Um grupo de 150 sem-teto de 18 Estados do país ocupa desde as 9h desta sexta-feira a entrada do prédio do Ministério das Cidades, em Brasília, impedindo a entrada de servidores e visitantes.
Segundo representantes do movimento Resistência Urbana --entidade que reúne organizações sociais de luta por moradia de todo o país--, a ocupação foi a forma encontrada para cobrar do governo federal respostas às reivindicações apresentadas pelo grupo em setembro do ano passado.
Uma comissão formada por 18 representantes do movimento se reuniu com o secretário de Programas Urbanos do ministério, Norman Oliveira, e com a secretária executiva do Conselho das Cidades, Marta Morosini. Além de pedir a construção de moradias populares e a destinação de mais recursos do programa federal Minha Casa, Minha Vida para as entidades sociais, o grupo pede uma solução para conter o que classificam como uma onda de despejos
"Em geral, eles estão pedindo que o Ministério das Cidades e o governo federal participem como intermediadores em questões de conflitos fundiários e de realocação de famílias, questões em que devemos observar o pacto federativo pois há muitas atribuições que são de competência dos Estados e municípios", disse a secretária.
De acordo com ela, o ministério só irá comentar o encaminhamento das propostas ao fim da reunião. "Estamos tomando conhecimento do teor da pauta agora. Vamos analisar cada ponto e, na medida do possível, apresentar uma forma de atender às reivindicações", disse Marta.

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