Minha foto
Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) surgiu, no final da década de 90, com o compromisso de lutar, ao lado dos excluídos urbanos, contra a lógica perversa das metrópoles brasileiras: sobram terra e habitações, falta moradia. A especulação imobiliária transforma terra urbana em promessa de lucro e alimenta o processo de degradação humana, o caos urbano. Em que cidade não se encontram apartamentos vazios, prédios abandonados, terrenos na periferia à espera da valorização? Em qual centro urbano não há mendicância, morador de rua, submoradias? As famílias sem-teto não têm direitos, são o avesso da cidadania. Não têm emprego, moradia, alimentação, saúde, lazer, cultura. Vivem como sombras nos semáforos, nas esquinas, nos bancos das praças, atrás de um prato de comida, um trocado. Enfrentam a indiferença, o preconceito, a violência policial. Estão excluídas das decisões políticas que determinam os rumos da vida social.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

MTST em ação - ocupação em Brazlândia (DF)

Hoje, 16 de Julho de 2010, cerca de 800 pessoas organizadas pelo MTST – Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, ocuparam uma área de mais de cem mil metros quadrados abandonada há décadas na região de Brazlândia.
A área pertence à Terracap, empresa estatal que administra terras públicas no Distrito Federal.
As famílias reivindicam programas habitacionais populares que resolvam sua demanda por moradias.
Segundo os coordenadores do Movimento “são famílias de baixa renda que vivem em condições precárias e que há anos esperam por uma solução. Resolvemos nos organizar e fazer com que a Terracap faça valer seu lema de “Tranformar Terrasem Benfícios Sociais”.
A polícia chegou ao local por volta da meia noite. A situação estava tensa e, segundo o coordenador Juarez havia risco de conflito.

Integrantes do MTST devem ser atendidos pelo Minha casa, Minha Vida

21/07/2010 - O ministro das Cidades, Marcio Fortes, e os secretários nacionais de Habitação, Inês Magalhães, e de Programas Urbanos, Celso Carvalho, se reuniram com representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) na tarde desta terça-feira (20/7), na sede do Ministério das Cidades.

Eles reivindicam moradia para cerca de 600 famílias retiradas de terreno que ocupavam na cidade de Brazlândia, a 50 quilômetros de Brasília, na manhã desta terça-feira (20/7). “A solução para a necessidade dessas famílias será um presente pelos cinco anos completados no Ministério, nesta quinta-feira”, adiantou Marcio Fortes.

Ficou acertado que o Ministério vai convidar para reunião representantes do MTST, da Companhia Imobiliária do Distrito Federal (Terracap) e da Secretaria de Patrimônio da União (SPU), que administra terrenos e imóveis da União. “Esperamos nos reunir até o fim da semana”, afirmou o secretário Celso. O objetivo é identificar terrenos onde seja possível construir moradias pelo Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).

Outra reunião será realizada com a presença de representantes da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab) para examinar a melhor maneira de implantar o projeto habitacional, dentro das modalidades do MCMV. “Nas metas do programa, há disponibilidade de moradias para se construir no Distrito Federal”, adiantou a secretária Inês. Representantes do MTST se comprometeram a identificar entidades cadastradas na modalidade MCMV-Entidades para construir no DF.

Segundo Guilherme Castro, dirigente do MTST, as famílias haviam participado de ocupação em Brazlândia, por encontrarem dificuldades de pagar aluguel, por morar em áreas de risco ou “de favor”, em casa de amigos e parentes. “Nós fomos até a Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap), proprietária do terreno, buscar solução, mas nos informaram que parte do terreno era da União. Precisamos de atendimento habitacional em caráter emergencial, por isso viemos ao Ministério das Cidades”, afirmou Castro.

A Coordenação de Prevenção e Mediação de Conflitos Fundiários Urbanos, da Secretaria Nacional de Programas Urbanos (SNPU), ficou responsável por representar o Ministério das Cidades junto com a Secretaria Nacional de Habitação.


Com informações do Ministério das Cidades

MOVIMENTO OCUPA SEDE DO MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO

O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto do DF ocupou na manhã desta quinta feira a sede do Ministério do Planejamento, Orçamento e gestão (MPOG). Cerca de 400 pessoas estão no local.

Eles reivindicam moradia através do plano habitacional Minha Casa Minha Vida, como havia prometido o Ministro das Cidades em reunião realizada no mês de julho.

O acordo previa a doação de terras em Brazlândia para a contrução das casa que seriam repassadas às pessoas cadastradas pelo movimento na Coodhab.

O líder do movimento do DF, Edson Kup, informou por telefone que não pretende deixar o local sem uma solução viável para o problema da moradia.

População se levanta em Brazlândia na luta por moradia!

Na noite de sexta-feira, 16 de julho, cerca de 100 famílias ocuparam uma área em Brazlândia que vinha sendo visada pelos grileiros e especuladores de Brasília. A ocupação foi organizada pelo Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Sem-Teto – MTST, com o apoio de diversas organizações sociais, sindicatos, partidos e militantes independentes do Distrito Federal. Esta ocupação responde, pacificamente à violenta opressão contra a população perpetrada pelo Estado através da especulação imobiliária e os programas habitacionais inexistes para a população de baixa renda, trazendo uma nova alternativa à população que luta por moradia digna.
A ocupação contou com o apoio político e logístico de diversas entidades, a maioria delas envolvidas no processo do Brasília, Outros 50 e do Fora Arruda e Toda a Máfia, que derrubou o governador Arruda, PaulOOctávio, entre outros corruptos no Distrito Federal desde novembro de 2009 até hoje. Apesar das importantes vitórias da esquerda do DF neste processo, o modelo neoliberal e as estruturas de poder historicamente constituídas no Distrito Federal continuam intactas, inclusive algumas até mais fortalecidas que antes. Esta constatação reflete-se claramente na questão habitacional, onde o PDOT imoral, ilegal e antiecológico, fruto de um processo de suborno que envolvia 420 mil reais para cada deputado distrital envolvido na sua aprovação, não foi revogado, tampouco considerado fraudulento pelo TJDFT.
As centenas de sonhos que foram novamente acesos na madrugada de sexta para sábado foram determinantes para que a população suportasse a fria primeira noite, sem estrutura, sem comida, sem nada que aquecesse o corpo além da dignidade, do companheirismo do restante do grupo e da esperança de que, daqui pra frente, a vida de todos iria mudar para melhor. Durante toda a noite já ouvíamos os planos das pessoas que, há anos vinham sonhando com uma vida digna, como o padeiro que teve sua casa derrubada pelo GDF e agora sonha em construir uma padaria para toda a população da nova comunidade que ali vai surgindo.
O que está acontecendo em Brazlândia é importantíssimo, pois marca uma nova fase de diálogo e articulação entre os movimentos populares e os movimentos estudantis, sindicais e partidos. Esta é uma oportunidade maravilhosa para a juventude das áreas centrais do DF integrarem-se à luta das outras comunidades, vivenciando a realidade da população esquecida por sucessivos governos na nossa capital, em um ambiente onde as pessoas são admiradas não pelo dinheiro que têm, mas pela coragem, determinação e companheirismo que demonstram na busca de um objetivo comum e emancipador para si e para os outros à sua volta. Se a cabeça pensa onde os pés pisam, então este intercâmbio de vivência já está demorando para acontecer.
O próximo passo para todos os que lutam por justiça social no DF é fortalecer a ocupação, fazê-la crescer e se multiplicar, torná-la um ambiente vivo, com oficinas, saraus, rodas de conversa, partidas de futebol e espaços de formação. É uma demonstração de que, mesmo no tão desagregador período eleitoral, é possível dar continuidade a um projeto popular para o Brasil, não alimentando a messiânica política do voto para mudar, mas a idéia de que é só através de muita luta e mobilização popular que conseguiremos transformar a nossa sociedade. Neste sentido, sintam-se todos convidados para virem a Brazlândia, para a ocupação onde quem manda é o povo. E o governo obedece.

Evolucionário

O poeta me falou interpretei desse jeito
Revolução sem o erre tem mais efeito
Caneta e papel vêm do coração
Projetos pensamentos pra evolução
Uma ONG, um escritor, um cantor de Rap.
Empunhando uma bandeira vai e segue.
A ferida da batalha vira cicatriz
No momento que a batalha vira momento feliz
Biblioteca inaugurada parquinho pra molecada
Sem pensamento ruin sua mãe não teme nada.
Faça um curso, leia livros, faça teatro.
Por que o sistema quer você mal informado.
Sem argumentos, sem poder debater.
Embriagado, jogado a um passo de morrer.
O conhecimento te engrandece te liberta
Seja traça parceiro a hora é essa

Por que ontem a caminhada foi sofrida
Heróis nacionais que pagaram com a vida
Orgulho pra nação e familiares
Chico Mendes, Lampião, Zumbi dos Palmares.
Lamarca, Herzog, Antonio Conselheiro.
Fizeram movimentos contra opressão do governo.
Atualmente na frente de batalha
Aliados fortes presta empreitada
Becos e vielas, Radio favela.
Poesia, Cooperifa faço parte dela.
Gog, Mano Brown parceiros do Hip Hop
Correm pelo certo de pulso forte
Inda brilha uma estrela tu pode crer
Tamo contigo na luta ô ô MST
Trabalhador sem teto hoje representado
MTST mais um aliado.
Em nível mundial bato palmas
Luther King, Malcon X, Che Guevara.
Fidel Castro, Nelson Mandela.
Vencida a batalha porem não a guerra.

Empate piquete manifestações.
Passeatas, levante em prol das multidões.
Direito, opiniões a serem respeitados.
Transformar o inimigo em aliados.
Por que intenção não é cultivar inimigo
É ter uma nação e um mundo digno
Terra pra poder plantar e colher
A sombra de um teto que pertença a você.

É só você querer
Sem medo de ser feliz
Por que poeta me falou interpretei desse jeito
Revolução sem o erre tem mais efeito

MTST ocupa Ministério da Justiça e Ministério do Planejamento, em Brasília


Hoje, por volta 14h30min, e com cerca de 800 sem teto, duas manifestações foram iniciadas em Brasília. O movimento ocupou dois Ministérios, o da Justiça e o do Planejamento. Estão envolvidas nestas ações as negociações dos assentamentos Che Guevara, Zumbi dos Palmares e Santa Cristina, em São Paulo, Irmã Dorothy e Camilo Torres, em Minas Gerais, e a ocupação Bela Vista, no Distrito Federal.
A ação no Ministério do Planejamento foi voltada a negociação realizada em Julho, quando o MTST realizou uma ocupação no município de Brazlândia, no Distrito Federal. Na época, foi feita uma negociação com a SPU (Secretaria do Patrimônio da União) sobre um projeto para a construção das moradias. No entanto, alguns compromissos assumidos pela secretaria que não foram cumpridos, algo que vem sendo recorrente. Por isso, o MTST entra no ministério com tempo indeterminado de saída, até que uma resposta mais propositiva seja dada, a não mais garantias que nunca se concretizam.
O Ministério da Justiça foi ocupado no mesmo horário, porém sob outra demanda do movimento. As ocupações de Minas Gerais e São Paulo, listadas acima, estão todas com ordem de despejo. Neste sentido, o movimento tem uma única intenção nesta ação: uma intervenção federal nestes processos. Se contabilizada todas as famílias, de todas essas ocupações, vão ser milhares. Está garantia é importante neste momento, pois as negociações realizadas em todos os municípios ainda não estão fechadas, estas famílias vão ficar desamparadas, e fatalmente, vão cair novamente em alguma outra ocupação irregular, sem infra-estrutura adequada. Elas devem ficar onde estão, até que uma moradia digna seja garantida.
O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto vem, mais uma vez, trazer suas negociações ao governo federal, como aconteceu mês passada, na Jornada Nacional Contra os Despejos, organizada em conjunto com outros movimentos populares urbanos, através da Resistência Urbana – Frente Nacional de Movimentos. Naquela vez, tivemos progresso, e através de nossa mobilização organizada, conseguimos nos colocar frente as desigualdades, e defender nosso direitos nosso direitos como cidadãos trabalhadores que somos. Dessa vez, não esperamos menos.