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Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) surgiu, no final da década de 90, com o compromisso de lutar, ao lado dos excluídos urbanos, contra a lógica perversa das metrópoles brasileiras: sobram terra e habitações, falta moradia. A especulação imobiliária transforma terra urbana em promessa de lucro e alimenta o processo de degradação humana, o caos urbano. Em que cidade não se encontram apartamentos vazios, prédios abandonados, terrenos na periferia à espera da valorização? Em qual centro urbano não há mendicância, morador de rua, submoradias? As famílias sem-teto não têm direitos, são o avesso da cidadania. Não têm emprego, moradia, alimentação, saúde, lazer, cultura. Vivem como sombras nos semáforos, nas esquinas, nos bancos das praças, atrás de um prato de comida, um trocado. Enfrentam a indiferença, o preconceito, a violência policial. Estão excluídas das decisões políticas que determinam os rumos da vida social.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Ocupação do MTST Ceilândia DF - 15.07.11

mSS

Na última sexta-feira, 15 de julho, 400 famílias organizadas pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) ocuparam uma área em Ceilândia no Distrito Federal, próximo a BR 070, caminho para Águas Lindas – GO.
A ocupação se deveu ao fato do não cumprimento, por parte do Governo do Distrito Federal e do Ministério das Cidades, após dezenas de reuniões, não terem honrado com os acordos estabelecidos em junho de 2010, na qual ambos os órgãos se comprometeram a atender as famílias que ocupavam um terreno na Brazlândia.
Após um ano sem cumprimento do acordo, não restou outra alternativa às famílias, se não organizar esta ocupação na Ceilândia para chamar a atenção das autoridades de Brasília.
Rechaçamos o autoritarismo do Governo do Distrito Federal ao efetuarem o despejo das famílias na última segunda-feira, 18, sem nenhuma negociação prévia e sem autorização judicial.
Rechaçamos também as ameaças em reirar do cadastro do CODHAB as famílias que acamparam por dois dias no Palácio do Buriti, pois esta atitude além de ser autoritário é ilegal.
Diante do exposto, não nos restou outra saída, se não o acorrentamento em frente ao Ministério das Cidades para exigir abertura das negociações e o cumprimento do acordo realizado em 2010 entre o Ministério das Cidades, pela pessoa do então ministro, Sr. Márcio Fortes, o Governo do Distrito Federal e as famílias organizadas pelo MTST.
Coordenação Nacional do MTST

Na noite da última sexta feira (15/7) o MTST realizou uma ocupação na cidade de Ceilândia, no Distrito Federal. Em seu início a ocupação, que aconteceu às margens da BR-070, contava com mais de 400 famílias, número que aumenta a cada hora, demonstrando o grande déficit habitacional da cidade e de toda a região da capital federal.
Em todo o DF, o déficit habitacional passa de 100 mil casas! E, se de um lado quem trabalha a vida toda não tem nem onde morar, de outro alguns poucos lucram bastante com a pobreza do povo. O DF é o paraíso da especulação imobiliária e da grilagem de terras!
O MTST luta por moradia em todo o Brasil. Não aceitamos que em um país cada vez mais rico os trabalhadores não tenham sequer moradia digna. Vamos continuar nossa luta contra a especulação imobiliária e o desinteresse dos governos. Viva a luta dos trabalhadores!!




Reocupamos a área às margens da BR-070, depois de Ceilândia, próximo a pista no sentido Plano Piloto. Fomos despejados na tarde de segunda-feira (18/7) durante uma operação truculenta entre a Secretaria de Estado de Ordem Pública Social (Seops) e da Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis).
Para pressionar o governo, fizemos um acampamento no dia 18/7/11 em frente ao Palácio dos Buritis com 150 famílias e uma comissão do MTST foi recebido pelo governo. No entanto, para esfriar nossas lutas, o governo interrompeu momentaneamente as discussões e seguimos acampados em frente ao Palácio, aguardando uma solução e reocupando o local original como forma de mostrar a importância de nossa luta.