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Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) surgiu, no final da década de 90, com o compromisso de lutar, ao lado dos excluídos urbanos, contra a lógica perversa das metrópoles brasileiras: sobram terra e habitações, falta moradia. A especulação imobiliária transforma terra urbana em promessa de lucro e alimenta o processo de degradação humana, o caos urbano. Em que cidade não se encontram apartamentos vazios, prédios abandonados, terrenos na periferia à espera da valorização? Em qual centro urbano não há mendicância, morador de rua, submoradias? As famílias sem-teto não têm direitos, são o avesso da cidadania. Não têm emprego, moradia, alimentação, saúde, lazer, cultura. Vivem como sombras nos semáforos, nas esquinas, nos bancos das praças, atrás de um prato de comida, um trocado. Enfrentam a indiferença, o preconceito, a violência policial. Estão excluídas das decisões políticas que determinam os rumos da vida social.

sábado, 8 de outubro de 2011

AUDIÊNCIA PÚBLICA EM BRASÍLIA LANÇA CAMPANHA “SEM TETO, COM VIDA”


MTST realiza audiência no Senado e ocupação do Ministério da Justiça, pela campanha.

do site da CSP CONLUTAS


A audiência pública contra a criminalização dos movimentos sociais, realizada em Brasília, nesta terça-feira (4/10), lançou oficialmente a campanha “Sem Teto, Com Vida”.  Essa ação, promovida pelo MTST, Frente de Resistência Urbana, CSP-Conlutas e outras organizações do movimento sindical e popular, tem como objetivo denunciar os recentes casos de atentados sofridos por integrantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), além de intensificar a campanha contra a criminalização dos movimentos sociais.

No debate foram discutidos como tema central os três ataques criminosos sofridos pelos companheiros do MTST, no Distrito Federal, em Minas Gerais e em Manaus. Na ocasião foi entregue um dossiê com a denuncia de todos esses atentados.

O senador Paulo Paim (PT-RS), encaminhará esse documento junto ao Ministério da Justiça.  Para dar continuidade à campanha nos estados, o senador juntamente com a Secretaria de Direitos Humanos irá articular a realização de audiências públicas nas regiões em que ocorrem esses atentados, com a presença de ministérios públicos estaduais e Federal.

Para o membro da Coordenação Nacional do MTST Guilherme Simões, outro ponto  importante debatido na reunião foi a dificuldade de se conseguir o reforço da segurança desses companheiros. “As audiências públicas são importantes, porém temos que garantir efetivamente a segurança para esses companheiros que ainda estão expostos á novos atentados”, denunciou.

Segundo o coordenador, as vitimas desses atentados participaram da audiência. Um deles, Edson Francisco, no dia 6 de setembro, teve sua casa atingida com 18 tiros. Por sorte o companheiro conseguiu fugir. “Num ato simbólico o Edson chegou a tirar a camiseta durante a audiência e mostra o ferimento em seu peito, causado por um tiro o atingiu de raspão. Além disso, mostrou fotos de sua casa com as marcas de tiros”, salientou Simões.

A campanha continuará agora com o encaminhamento de realizações de audiências nos estados. O Abaixo-assinado também continuará sendo amplamente divulgado.

Após a audiência, integrantes do MTST realizaram uma ocupação no Ministério da Justiça a fim de encaminhar junto ao órgão o dossiê com as denuncias.

Estiveram presentes na audiência centrais sindicais e organizações do movimento popular e estudantil, representações políticas como os senadores Paulo Paim (PT-RS), Eduardo Suplicy (PT-SP), Demóstenes Torres (DEM-GO), a senadora Marinor Brito (Psol-PA), além de representantes da Secretaria Geral da Presidência e Secretaria Especial de Direitos Humanos.

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