MTST realiza audiência no Senado e ocupação do Ministério da Justiça, pela campanha.
do site da CSP CONLUTAS
A audiência pública contra a criminalização dos movimentos sociais, realizada em Brasília, nesta terça-feira (4/10), lançou oficialmente a campanha “Sem Teto, Com Vida”. Essa ação, promovida pelo MTST, Frente de Resistência Urbana, CSP-Conlutas e outras organizações do movimento sindical e popular, tem como objetivo denunciar os recentes casos de atentados sofridos por integrantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), além de intensificar a campanha contra a criminalização dos movimentos sociais.
No debate foram discutidos como tema central os três ataques criminosos sofridos pelos companheiros do MTST, no Distrito Federal, em Minas Gerais e em Manaus. Na ocasião foi entregue um dossiê com a denuncia de todos esses atentados.
O senador Paulo Paim (PT-RS), encaminhará esse documento junto ao Ministério da Justiça. Para dar continuidade à campanha nos estados, o senador juntamente com a Secretaria de Direitos Humanos irá articular a realização de audiências públicas nas regiões em que ocorrem esses atentados, com a presença de ministérios públicos estaduais e Federal.
Para o membro da Coordenação Nacional do MTST Guilherme Simões, outro ponto importante debatido na reunião foi a dificuldade de se conseguir o reforço da segurança desses companheiros. “As audiências públicas são importantes, porém temos que garantir efetivamente a segurança para esses companheiros que ainda estão expostos á novos atentados”, denunciou.
Segundo o coordenador, as vitimas desses atentados participaram da audiência. Um deles, Edson Francisco, no dia 6 de setembro, teve sua casa atingida com 18 tiros. Por sorte o companheiro conseguiu fugir. “Num ato simbólico o Edson chegou a tirar a camiseta durante a audiência e mostra o ferimento em seu peito, causado por um tiro o atingiu de raspão. Além disso, mostrou fotos de sua casa com as marcas de tiros”, salientou Simões.
A campanha continuará agora com o encaminhamento de realizações de audiências nos estados. O Abaixo-assinado também continuará sendo amplamente divulgado.
Após a audiência, integrantes do MTST realizaram uma ocupação no Ministério da Justiça a fim de encaminhar junto ao órgão o dossiê com as denuncias.
Estiveram presentes na audiência centrais sindicais e organizações do movimento popular e estudantil, representações políticas como os senadores Paulo Paim (PT-RS), Eduardo Suplicy (PT-SP), Demóstenes Torres (DEM-GO), a senadora Marinor Brito (Psol-PA), além de representantes da Secretaria Geral da Presidência e Secretaria Especial de Direitos Humanos.
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